Acabei de ler uma resenha linda sobre nosso disco novo.
É gratificante sentir que pessoas se identificam com o que fazemos e ainda conseguem transformar isso em palavras!
É impossível ouvir A Banda Mais Bonita da Cidade sem criar uma identificação emocional com as suas canções. Mais do que cantar, eles conseguem interpretar cada verso, seja no timbre da voz ou nos palcos.Me sinto um pouco “diferentona”, ao dizer que não conheci a banda pela música “Oração”, aquela que quase todo mundo sabe cantar. Não tiro o mérito dela, afinal, ela foi responsável pelo reconhecimento da banda, ainda lá em 2009.A minha relação com o grupo começou quando ouvi pela primeira vez a música “Uma Atriz”. No mesmo segundo, procurei o disco e devorei o álbum O Mais Feliz da Vida (2013) de apenas uma só vez.
Confesso que estava ansiosa para banda sair do jejum e gravar logo um novo disco.Em 2016, lançaram o seu primeiro DVD, Ao Vivo no Cine Jóia, com novas versões das suas músicas e logo em seguida, veio a notícia de que no ano seguinte, seria lançado um novo álbum.
Finalmente, a espera acabou este mês.
A Banda Mais Bonita da Cidade lançou no dia 2 de junho o seu novo disco, De Cima do Mundo Eu Vi o Tempo. O terceiro da sua carreira possui nove faixas, com composições inéditas e releituras.A música de trabalho é “Tempo”, que foi divulgada uma semana antes do lançamento do CD. Ela ainda ganhou um clipe com uma superprodução, deixando explícito o amadurecimento da banda ao decorrer dos anos. A faixa foi uma escolha assertiva para representar o disco. Sua letra traz à tona uma reflexão sobre a efemeridade do tempo e como observamos a sua passagem, uma canção forte e provocativa.
Um dos pontos que me chamou mais atenção no disco foi a forma com que a palavra tempo foi interpretada em sua amplitude. Não se limitou apenas ao tempo do relógio e ao passar da vida, mas também ao tempo enquanto estações do ano e quanto elas nos provocam e nos afetam emocionalmente. Esse ponto pode ser percebido nas músicas “Inverno” e “Geada”, que são canções com cargas emocionais bem fortes.Dentro das releituras, tem a música “A Dois”, da banda Los Porongas, e “Trovoa”, de Maurício Pereira. Além disso, no álbum há canções de compositores de São Paulo, Recife, Curitiba e Rio Branco.Se fosse para resumir em apenas uma palavra, diria que é um disco intenso. Apesar de letras fortes, melancólicas e até provocativas, o novo registro d’A Banda Mais Bonita da Cidade não deixa de ser um álbum suave de ser ouvido. Suas melodias são doces, misturados aos nuances das vozes que se casam perfeitamente com as letras.
É nítido o crescimento da banda nesse novo trabalho, seja com sua sonoridade ou suas intenções. Assim, o quinteto vem se consolidando como parte importante do cenário musical brasileiro.
O link da resenha completa é esse aqui:
Review: A Banda Mais Bonita da Cidade – De Cima do Mundo Eu Vi o Tempo