5 anos atrás
Nesse domingo fizemos o nosso primeiro show do ano, aproveitamos pra desenferrujar e experimentar outras formas de tocar nossas músicas!
Fomos convidados a encerrar o Nespresso Summer Day, um evento que ocupou a Oscar Freire com várias atrações… Antes de nós tocaram Mustache e os Apaches, banda incrível que já tinha ouvido falar muito, mas só tive a oportunidade de assistir ao vivo no Festival Psicodália do ano passado e fiquei impressionado.
Depois tocaram as gurias da Corcel, elas arrasaram demais! É um som muito bom, até me deixou um pouco preocupado em sermos a próxima atração! rs
Nesse show não contamos com a bateria do luís, que tinha uma viagem inadiável marcada… mas daí resolvemos fazer nós mesmos, adaptando coisas que eu e a Uya já havíamos preparado no show da “duplinha” (um show que montamos só com teclado/beats e voz). Fiquei muito nervoso pra esse show, como há tempos não ficava. Com 10 anos de estrada onde nosso show foi construído numa constante evolução/desenvolvimento de 5 pessoas, é difícil montar algo tão diferente… Sempre nos agarramos muito na bateria do Luís pra dar o direcionamento de dinâmicas e andamentos, então tivemos que repensar muitas coisas pra preparar esse show e torná-lo especial!
Acho que tudo saiu como o planejado, acho que o público “comprou a pira” de ser um show sem bateria, acho que demos o nosso melhor e isso conectou a gente com quem tava lá!
Infelizmente tivemos que acabar o show às pressas, porque a chuva começou a apertar, e fizemos a versão de Oração mais maluca que já existiu, com direito a Marano tocando bumbo com baquetas, eu tocando baixo com som do teclado (confesso que adoro), enfim, essas coisas que nos tiram do conforto dos arranjos que acostumamos a fazer!
(Isso me lembra bastante as maluquices que fazíamos nos primeiros shows da banda… mas acho que é porque tô nostálgico com os 10 anos dessa bagunça)
E eu, que não via a hora de ver a reação das pessoas com os novos (e ousados) arranjos de Suvenir ou de Trovoa, inesperadamente achei que “Maré Alta” foi o melhor momento!
Todos cantaram a plenos pulmões, já evocando a chuva nas nuvens pesadas que se formavam…
“Água um dia cairá dos céus,
Em nós
Fará lugar
Calma como a lava de um vulcão
Um mar
Um rio vai correr em direção
Água deve vir
Diz a previsão
Vai nos alcançar
Sem qualquer rancor
Maré alta em mim
Água um dia brotará dos nós
Em nós
Vai decantar
Lágrimas que fingem que não são
Mas são
Parte da enxurrada que virá
Cheia de esquecer
Uma inundação
Por todo lugar
Porque se evitou
Maré alta enfim”
(Tibério Azul / Rodrigo Lemos)